vieiracalado-poesia.blogspot.com
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terça-feira, 25 de agosto de 2020
O vento não pára
O vento não pára.
Nem param as ondulações do tempo
a assimetria luminosa das cores
A vida corre ao sabor destas divagações da água
em redemoinhos dum vento que vem de longe
doutros sismos da Terra,
a ciência fulgurante do Sol
Nós apenas partilhamos o lenho cósmico,
melódico reflexo dos seus acordes e do acaso
E o ocaso
quinta-feira, 20 de agosto de 2020
quarta-feira, 29 de julho de 2020
OS RUMORES DO VENTO
Um dia tenho que começar a organizar-me
eu que nunca
organizei coisa nenhuma
porque nada
me carece ser organizado
e nenhuma
coisa me pediu para ser organizada
a não ser a
teia de entender o que nada sabemos
para o modo
e o método de simplesmente ignorar.
Mas o tempo
urge por debaixo dos pés onde há
um silêncio
virtual preso aos rumores do vento.
Tenho
primeiro de organizar os rumores do vento.
em "As Noites e os Dias", ed litoral
segunda-feira, 29 de junho de 2020
quarta-feira, 24 de junho de 2020
INFERNO
Cá
andamos...
ao
derredor da vida.
E
para mais – se me perdoam… –
a falta
que me faz
a
tasca das bifanas,
a
posta de moreia das profundezas vicentinas
onde
reinou Neptuno
e
um carrascão da pipa velha
que
faz rebrilhar os olhos do deus Baco
e
enxota o vírus
para
as portas do Inferno.
sexta-feira, 12 de junho de 2020
ESTA RUA
Fonte de sabedoria é esta rua.
A pedra
gasta.
O
umbral da porta velha
de
ruínas e (de)lírios.
O
lancil direito à luz
onde se
abriga a sombra
a
pronunciar um adeus
aos
lírios e aos silêncios.
segunda-feira, 1 de junho de 2020
sábado, 23 de maio de 2020
sexta-feira, 15 de maio de 2020
POEMA em MAIO
POEMA EM MAIO
Com seus tambores de fogo
e cinza
o mel da manhã menino
de luz e sombra ‒
rosto lesto rosto
de alísio ágil cio.
O mês em que nasci.
A bruma e o sol.
O sul nascente.
O mar.
sexta-feira, 8 de maio de 2020
domingo, 3 de maio de 2020
quinta-feira, 23 de abril de 2020
sexta-feira, 17 de abril de 2020
ODE AO FERRO
este blog aceita comentários anónimos, desde que, de boa fé
obrigado por assistir e comentar, no blog
↓
↓
terça-feira, 14 de abril de 2020
sexta-feira, 20 de março de 2020
segunda-feira, 16 de março de 2020
ARTES MÁGICAS
Este blog permite comentários anónimos, desde que de boa-fé
Por artes mágicas
e outras lógicas
nos rigores do mar
nas velas brancas
como espuma de ar
derribando os continentes
e as ilhas
por onde andei
nas noites e nos dias
me aventurei
ao interior dos vulcões
e vi
nas noites do sonho
e utopia,
a lua clara
em pleno dia.
OBRIGADO POR LER E COMENTAR, NO BLOG
terça-feira, 10 de março de 2020
O ESPAÇO DA PÁGINA
Imagino uma folha de papel branco,
uma ideia de horizonte
para as fronteiras da luz,
a margem vigilante
da utopia.
A ideia assume-se
no espaço da página,
em promessa indizível
incendeia-se.
A palavra floresce
a metáfora nua
dentro dum casulo de memórias
de pele verdadeira.
É infinita
no círculo das águas,
na precária transição
para o real,
o quotidiano inconsciente.
Tanto recobre os interstícios
da página
como se sobrepõe ao vazio do espaço,
na cor neutra do vidro.
Uma página em branco
É
o lugar do amor
o lugar
duma impressãozinha vegetal
na parte de fora da alma,
junto aos muros do sangue
bruma branca de reminiscências
as mais interiores encobertas
as mais pardas fundas
Sobre a página se desenha a corda
entrelaçada,
linhas curvas vergam para além
dos limites do chão,
transcendem a própria ideia de espaço,
voam até ao princípio
da luz
que ainda brilha nas praias
da inocência.
A ideia pressupõe um inventário
de cores virtuais,
arestas que se dissolvem
nos poros da matéria
onde se inscreve o espaço
do contexto.
É enorme o seu campo,
o verdete azul
das vozes pronunciadas
que disseram um caminho exangue
sobre as ondulações do tempo
para que seja possível regressar
à pureza dos dias intermináveis
em aliança com o infinito,
ao marfim dos olhos livres
nas sebes da paisagem –
provável conhecedora dos ecos
repetitivos do tempo
na palavra do poeta.
Etiquetas:
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