vieiracalado-poesia.blogspot.com

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sexta-feira, 20 de março de 2020

Baía de Lagos – o meu mar

ESTE BLOG ACEITA COMENTÁRIOS ANÓNIMOS, DESDE QUE, DE BOA FÉ
 


asa branca
duma vela

roçando o mar
duma gaivota -



a liberdade azul
em movimento!


em MARENOSTRUM

  OBRIGADO POR LER E COMENTAR, NO BLOG

segunda-feira, 16 de março de 2020

ARTES MÁGICAS


                              Este blog permite comentários anónimos, desde que de boa-fé




Por artes mágicas
e outras lógicas
nos rigores do mar
nas velas brancas
como espuma de ar
derribando os continentes
e as ilhas
por onde andei
nas noites e nos dias
me aventurei
ao interior dos vulcões
e vi
nas noites do sonho
e utopia,
a lua clara 
em pleno dia.

                  OBRIGADO POR LER E COMENTAR, NO BLOG

terça-feira, 10 de março de 2020

O ESPAÇO DA PÁGINA

 Imagino uma folha de papel branco,

uma ideia de horizonte
para as fronteiras da luz,
a margem vigilante       
da utopia.

A ideia assume-se
no espaço da página,
em promessa indizível
incendeia-se.

A palavra floresce
a metáfora nua
dentro dum casulo de memórias
de pele verdadeira.

É infinita
no círculo das águas,
na precária transição
para o real,
o quotidiano inconsciente.

Tanto recobre os interstícios
da página
como se sobrepõe ao vazio do espaço,
na cor neutra do vidro.

Uma página em branco
É
o lugar do amor
o lugar
duma impressãozinha vegetal
na parte de fora da alma,
junto aos muros do sangue

bruma branca de reminiscências
as mais interiores   encobertas
as mais pardas   fundas

Sobre a página se desenha a corda
entrelaçada,
linhas curvas vergam para além
dos limites do chão,
transcendem a própria ideia de espaço,
voam até ao princípio
da luz
que ainda brilha nas praias
da inocência.

A ideia pressupõe um inventário
de cores virtuais,
arestas que se dissolvem
nos poros da matéria
onde se inscreve o espaço
do contexto.

É enorme o seu campo,
o verdete azul
das vozes pronunciadas
que disseram um caminho exangue
sobre as ondulações do tempo

para que seja possível regressar
à pureza dos dias intermináveis
em aliança com o infinito,
ao marfim dos olhos livres
nas sebes da paisagem –

provável conhecedora dos ecos
repetitivos do tempo


na palavra do poeta.