vieiracalado-poesia.blogspot.com

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domingo, 13 de junho de 2021

LESTE


Leste no rosto lesto das estrelas
o fulgor obstinado dos átomos do hidrogénio,
os átomos do mais ínfimo alimento da utopia,
a sua inconsciente ciência, o seu credo austero
na probabilidade duns olhos fascinados

e percebeste a força interior universal
que anseia os equilíbrios, o plano horizontal
na harmonia dos espaços e horizontes,
desentorpecendo a bruma das montanhas,
despertando-a em enérgicos impulsos de energia.

Leste a sina das árvores numa pedra
adormecida sob outras pedras,
acaso portadoras dos signos do enigma
que procuras no abandono dum jovem morto
apodrecendo ao frio da tarde que não volta.

Leste as profecias escritas na música arrebatada
dalgum músico, ou dum outro visionário
da fraterna condição do homem,
na Terra exausta de cansaço e angústia
de ver a agonia de seus filhos subvertendo a luz.

Leste a tua sina nas cinzas da inocência
como a duma árvore que esquece o tempo
e arde para os outros como se fosses tu mesmo
quando vier o frio aos ossos, no outono.
 
                                  PERFIL  2

 

domingo, 9 de maio de 2021

HOJE COMECEI


Hoje comecei
mas não ri
nem chorei.

Comecei
como se começa
nem devagar
nem depressa.

Comecei
como se termina.

Começar e acabar
é mesma sina.

            Não vale a pena ter pressa...



sábado, 13 de março de 2021

A GRANDEZA DESTAS PEDRAS

...
 

 A grandeza destas pedras vem do fogo austero
de magmas inquietos que subjugaram as montanhas,
reminiscências da antiquíssima viagem das águas
anteriores à ideia dum objecto modelado pelo tempo.

O que fascina é o seu perfil nebuloso, indulgente
perante o movimento dos sóis, os seus desígnios
no desvio dum olhar para o lado dos ocasos da luz.

O que inquieta é esta noção amarelenta do tempo,
as suas feições austeras imperfeitas desenhadas
nos veios deixados pela passagem das águas,
o paradoxo dos nossos dias idênticos absurdos.

Não há limite para as formas inacabadas do céu
as suas estrelas transgressoras da aventura temível
de erigir uma flor e destruí-la com um bafo de vento
vindo duma ciência chã, dum destino indecifrável
que se lê nestes fósseis da pedra, a impressão digital
dum deus desconhecedor dos segredos do amor.

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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

PALETA DE CORES


 Este poema já foi publicado, por três vezes, no Brasil:
 duas vezes num Manual de Física, do Ensino Médio -
   um deles sob o título "Ser Protagonista", 
quando tratavam do assunto, "cores e temperaturas".
E num outro livro, de outra Editora - um romance -,
 figurou como apresentação da obra.

sábado, 30 de janeiro de 2021

A TERRA É A MINHA PÁTRIA








 DOIS DOS 18 QUADROS DA MINHA EXPOSIÇÂO "AS CORES DO POEMA".

        O autor utilizou apenas MEIOS INFORMÁTICOS,  na realização das obras.

        Em Exposição, os quadros são em A3 e têm passe-partout e moldura

 

domingo, 3 de janeiro de 2021

NO ANO 3000

SE NÓS E OS OUTROS QUIZESSEM.... O ANO 3.OOO SERIA LOGO ALI...


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sábado, 26 de dezembro de 2020

o TEMPO e o VENTO

O fluir do Tempo é inexorável, mas que este ano de 2021, seja próspero, desconfinado e sereno! > >
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quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

NOITE DE CONSOADA + 2 cinepoemas de Natal

                                                         
                         
DESEJO UM BOM NATAL 
A TODOS OS MEUS ESTIMADOS LEITORES.
.
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sexta-feira, 27 de novembro de 2020

ALGARVE ONTEM

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quinta-feira, 26 de novembro de 2020

ERA NOVEMBRO

 
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sexta-feira, 9 de outubro de 2020

TU


Violetas são teus cabelos loiros
amarelos também teus olhos negros
de azul tingirei minha alma obscura

E se gosto tanto dos teus olhos
no verde intenso de teus seios
ou no rosa velho dos teus lábios
e me fica tão bem a alma azul

é porque demais gosto 
dos tons variados do arco íris

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TERRA




Agora vou reclinando o corpo
entre a Terra e as Estrelas.

O espaço é breve
para a brisa do Mar
que ainda soa.

E no entanto,
adormeço
no meu sonho,
sereno de harmonias
                                
incendiando o fino pó
da terra
com estas flores violetas,

                            exíguas, violentas, 
 
                              do Outono.

AS CASAS - Lisboa