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segunda-feira, 28 de setembro de 2020

FLORES de OUTONO



Agora vou reclinando o corpo
entre a Terra e as Estrelas.

O espaço é breve
para a brisa do Mar
que ainda soa.

E no entanto,
adormeço
no meu sonho,
sereno de harmonias
                                
incendiando o fino pó
da terra
com estas flores violetas,

                            exíguas, violentas, 
 
                              do Outono.

domingo, 12 de março de 2017

Leste nas estrelas

o

Leste no rosto lesto das estrelas
o fulgor obstinado dos átomos do hidrogénio,
os átomos do mais ínfimo alimento da utopia,
a sua inconsciente ciência, o seu credo austero
na probabilidade duns olhos fascinados

e percebeste a força interior universal
que anseia os equilíbrios, o plano horizontal
na harmonia dos espaços e horizontes,
desentorpecendo a bruma das montanhas,
despertando-a em enérgicos impulsos de energia.

Leste a sina das árvores numa pedra
adormecida sob outras pedras,
acaso portadoras dos signos do enigma
que procuras no abandono dum jovem morto
apodrecendo ao frio da tarde que não volta.

Leste as profecias escritas na música arrebatada
dalgum músico, ou dum outro visionário
da fraterna condição do homem,
na Terra exausta de cansaço e angústia
de ver a agonia de seus filhos subvertendo a luz.

Leste a tua sina nas cinzas da inocência
como a duma árvore que esquece o tempo
e arde para os outros como se fosses tu mesmo
quando vier o frio aos ossos, no outono.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Novelo de Pó


Não vou dizer-te os meus pensamentos íntimos
não quero convencer-te do que é inútil e vão
para a história impreterível das eras,
o redundante levado pelo fio dos séculos
direito a um céu velho de estrelas

porque o meu tempo é o que corre nas minhas veias
e só a mim pertence,
porque é apenas infinitivamente meu
o novelo de pó que a areia reorganiza
na geografia dum deserto,
a harmonia própria do meu próprio deserto.


segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

POEMAS DE NATAL (2)




A ideia de Natal é uma ideia em construção
uma casa comum de barro generoso
feito do sangue e da probabilidade duma cidade
cheia de luz, emergindo do obscuro impulso
dum promontório temível que despedaça as águas
impelidas por vento que vem do chão.

Evocar o Natal é uma ideia de harmonia
entre os naturais irmãos da terra,
o decurso duma semente que floresce
ao calor dum gesto sempre inacabado.  

Façamo-lo hoje ao cair da noite
para celebrar a vida, numa ideia de paz
para que o barro floresça em paz até ao fim.

...........Pode ver o cinepoema correspondente a este poema aqui

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Flores do Outono


Agora vou reclinando o corpo
entre a terra e as estrelas.

 O espaço é breve
 para a brisa do mar
 que ainda soa.

E no entanto,
adormeço
no meu sonho,
sereno de harmonias
                         
incendiando o fino pó
da terra
com estas flores violetas
violentas,
exíguas, do outono.