vieiracalado-poesia.blogspot.com

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sexta-feira, 12 de junho de 2020

ESTA RUA



Fonte de sabedoria é esta rua.

A pedra gasta.

O umbral da porta velha
de ruínas e (de)lírios. 

O lancil direito à luz

onde se abriga a sombra
a pronunciar um adeus

aos lírios e aos silêncios.

sexta-feira, 15 de maio de 2020

POEMA em MAIO

 

POEMA EM MAIO 



Com seus tambores de fogo e cinza
o mel da manhã menino
de luz e sombra ‒

rosto lesto rosto
de alísio ágil cio.

O mês em que nasci.

A bruma e o sol.

O sul nascente.


O mar.

domingo, 3 de maio de 2020

BORBOLETA BONITITA

A MINHA SINGELA HOMENAGEM ÀS MÃES - TODAS!




Borboleta bonitita
esvoaçando no quintal


pôs os ovos numa couve.



Oh, céus, menina:



a beleza principal!

anónimos ou não, podem comentar, neste blog

sexta-feira, 17 de abril de 2020

ODE AO FERRO


este blog aceita comentários anónimos, desde que, de boa fé


obrigado por assistir e comentar, no blog 

sexta-feira, 20 de março de 2020

Baía de Lagos – o meu mar

ESTE BLOG ACEITA COMENTÁRIOS ANÓNIMOS, DESDE QUE, DE BOA FÉ
 


asa branca
duma vela

roçando o mar
duma gaivota -



a liberdade azul
em movimento!


em MARENOSTRUM

  OBRIGADO POR LER E COMENTAR, NO BLOG

segunda-feira, 16 de março de 2020

ARTES MÁGICAS


                              Este blog permite comentários anónimos, desde que de boa-fé




Por artes mágicas
e outras lógicas
nos rigores do mar
nas velas brancas
como espuma de ar
derribando os continentes
e as ilhas
por onde andei
nas noites e nos dias
me aventurei
ao interior dos vulcões
e vi
nas noites do sonho
e utopia,
a lua clara 
em pleno dia.

                  OBRIGADO POR LER E COMENTAR, NO BLOG

terça-feira, 10 de março de 2020

O ESPAÇO DA PÁGINA

 Imagino uma folha de papel branco,

uma ideia de horizonte
para as fronteiras da luz,
a margem vigilante       
da utopia.

A ideia assume-se
no espaço da página,
em promessa indizível
incendeia-se.

A palavra floresce
a metáfora nua
dentro dum casulo de memórias
de pele verdadeira.

É infinita
no círculo das águas,
na precária transição
para o real,
o quotidiano inconsciente.

Tanto recobre os interstícios
da página
como se sobrepõe ao vazio do espaço,
na cor neutra do vidro.

Uma página em branco
É
o lugar do amor
o lugar
duma impressãozinha vegetal
na parte de fora da alma,
junto aos muros do sangue

bruma branca de reminiscências
as mais interiores   encobertas
as mais pardas   fundas

Sobre a página se desenha a corda
entrelaçada,
linhas curvas vergam para além
dos limites do chão,
transcendem a própria ideia de espaço,
voam até ao princípio
da luz
que ainda brilha nas praias
da inocência.

A ideia pressupõe um inventário
de cores virtuais,
arestas que se dissolvem
nos poros da matéria
onde se inscreve o espaço
do contexto.

É enorme o seu campo,
o verdete azul
das vozes pronunciadas
que disseram um caminho exangue
sobre as ondulações do tempo

para que seja possível regressar
à pureza dos dias intermináveis
em aliança com o infinito,
ao marfim dos olhos livres
nas sebes da paisagem –

provável conhecedora dos ecos
repetitivos do tempo


na palavra do poeta.

segunda-feira, 9 de março de 2020

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

SONETO CLÁSSICO



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 SONETO CLÁSSICO

Foi uma aventura breve de ilusão,

qual centelha fugaz e excitada

rompendo o véu da esperança e da razão

queimando a fúria amena e enamorada,



Foi uma aventura rápida ansiada,

como um impulso oculto uma visão

que nascera em mim da celebrada

falsa essência que fulge o coração



Foi um sopro de vento imaculado

que cedeu ao ciclone do meu sexo

foi a miragem do amor sem nexo



O desencanto da alma e o tresloucado

e fremente querer que o mundo sente

enquanto em si tal feito não consente.


sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

NATAL II


A ideia de Natal é uma ideia em construção
uma casa comum de barro generoso
feito do sangue e da probabilidade duma cidade
cheia de luz, emergindo de obscuro impulso,
um promontório temível que despedaça as águas
impelidas por vento que vem do chão.

Evocar o Natal é uma ideia de harmonia
entre os naturais irmãos da terra,
o decurso duma semente que floresce
ao calor dum gesto sempre inacabado.  

Façamo-lo hoje ao cair da noite
para celebrar a vida, numa ideia de paz

para que o barro floresça em paz até ao fim.