vieiracalado-poesia.blogspot.com
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quinta-feira, 23 de abril de 2020
sexta-feira, 17 de abril de 2020
ODE AO FERRO
este blog aceita comentários anónimos, desde que, de boa fé
obrigado por assistir e comentar, no blog
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terça-feira, 14 de abril de 2020
sexta-feira, 20 de março de 2020
segunda-feira, 16 de março de 2020
ARTES MÁGICAS
Este blog permite comentários anónimos, desde que de boa-fé
Por artes mágicas
e outras lógicas
nos rigores do mar
nas velas brancas
como espuma de ar
derribando os continentes
e as ilhas
por onde andei
nas noites e nos dias
me aventurei
ao interior dos vulcões
e vi
nas noites do sonho
e utopia,
a lua clara
em pleno dia.
OBRIGADO POR LER E COMENTAR, NO BLOG
terça-feira, 10 de março de 2020
O ESPAÇO DA PÁGINA
Imagino uma folha de papel branco,
uma ideia de horizonte
para as fronteiras da luz,
a margem vigilante
da utopia.
A ideia assume-se
no espaço da página,
em promessa indizível
incendeia-se.
A palavra floresce
a metáfora nua
dentro dum casulo de memórias
de pele verdadeira.
É infinita
no círculo das águas,
na precária transição
para o real,
o quotidiano inconsciente.
Tanto recobre os interstícios
da página
como se sobrepõe ao vazio do espaço,
na cor neutra do vidro.
Uma página em branco
É
o lugar do amor
o lugar
duma impressãozinha vegetal
na parte de fora da alma,
junto aos muros do sangue
bruma branca de reminiscências
as mais interiores encobertas
as mais pardas fundas
Sobre a página se desenha a corda
entrelaçada,
linhas curvas vergam para além
dos limites do chão,
transcendem a própria ideia de espaço,
voam até ao princípio
da luz
que ainda brilha nas praias
da inocência.
A ideia pressupõe um inventário
de cores virtuais,
arestas que se dissolvem
nos poros da matéria
onde se inscreve o espaço
do contexto.
É enorme o seu campo,
o verdete azul
das vozes pronunciadas
que disseram um caminho exangue
sobre as ondulações do tempo
para que seja possível regressar
à pureza dos dias intermináveis
em aliança com o infinito,
ao marfim dos olhos livres
nas sebes da paisagem –
provável conhecedora dos ecos
repetitivos do tempo
na palavra do poeta.
Etiquetas:
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segunda-feira, 9 de março de 2020
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020
SONETO CLÁSSICO
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SONETO CLÁSSICO
Foi uma aventura breve de ilusão,
qual centelha fugaz e excitada
rompendo o véu da esperança e da razão
queimando a fúria amena e enamorada,
Foi uma aventura rápida ansiada,
como um impulso oculto uma visão
que nascera em mim da celebrada
falsa essência que fulge o coração
Foi um sopro de vento imaculado
que cedeu ao ciclone do meu sexo
foi a miragem do amor sem nexo
O desencanto da alma e o tresloucado
e fremente querer que o mundo sente
enquanto em si tal feito não consente.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2018
NATAL II
A ideia de Natal
é uma ideia em construção
uma casa comum
de barro generoso
feito do sangue
e da probabilidade duma cidade
cheia de luz,
emergindo de obscuro impulso,
um promontório
temível que despedaça as águas
impelidas por
vento que vem do chão.
Evocar o Natal é
uma ideia de harmonia
entre os
naturais irmãos da terra,
o decurso duma
semente que floresce
ao calor dum
gesto sempre inacabado.
Façamo-lo hoje
ao cair da noite
para celebrar a
vida, numa ideia de paz
para que o barro
floresça em paz até ao fim.
quarta-feira, 26 de setembro de 2018
O NOSSO PALCO
O ofício das palavras é uma cerejeira de séculos
um cristal que experimenta os magmas da terra
a pressão dos fluidos, o debate léxico dos óxidos,
na obstinada austera metamorfose das seivas.
É uma frágil representação da apetência
para respirar os ritmos interiores do corpo
em seus murmúrios de floresta eflorescente,
seus rios insaciáveis arrastando as margens.
A fogueira das palavras é um destino instante
de plantar árvores de frutos exóticos
à beira do chão mortificante, redondo
e é um exercício tão urgente como o corpo
na sua paixão íntima pelo delírio intenso
de presenciar a transfiguração da claridade.
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