Estes
muros são a nossa casa,
o
modo austero de preservar os tectos
para
as chuvas e o vento,
onde
encontrar um refúgio, o alento
para
dizer as palavras indizíveis.
Aqui
coabitamos com as dúvidas
que
escondem um instante efémero,
uma
noção solene do nosso tempo breve
para
discorrer sobre os acasos.
Transpiramos
as sombras espessas
que
chegam depois da exígua claridade
ofuscando
o brilho dos nossos olhos,
para
que o amanhã de novo se reconstrua
por
cima dos nossos restos de luz morta.
8 comentários:
Um final cheio de esperança.
Bom fim de semana, Poeta.
Meu amigo
Tenhamos esperança que haja um novo amanhecer. Estou voltando depois de uma pausa.
Um beijinho
Sonhadora
espessas são as sombras sem dúvida. em que o poeta mergulha buscando a centelha de luz...
belo teu poema.
abraço
Caro Poeta
Gostei da intimidade deste poema, Respira-se dentro dele.
Já tentei deixar comentário no blog anterior e não consegui.
Deixo o meu abraço.
Isabel
Belo poema.. Somos cercados de muros onde...'Transpiramos as sombras espessas'
Há que ter esperança no amanhã, já que mais não seja, que seja para as futuras gerações.
Como sempre um belissimo poema.
Beijinhos
Maria
Só agora reparei que mudou de "casa" e que aqui já posso comentar.
Um poema muito belo com um final de esperança perante as sombras que nos cercam...
Um beijo, amigo.
Gostei imenso deste poema pois é repleto de esperança e de luz para encarar um futuro com menos sombras.
Beijinho da Gota
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