Vertiginosas são estas árvores que eu vi nascer.
Vertiginosas suas folhas desprendidas em cascata,
a história transparente do granizo embranquecendo
o meu cabelo, as minhas múltiplas peregrinações
num cântaro de luz, como pétalas de veludo acariciando
os meus olhos deslumbrados de menino.
Vertiginoso é este caminho de corais e anémonas
que preenche o mar dos meus abismos,
um claustro de iluminuras e ludíbrios de cristal
que descerra clareiras e frágeis seduções
pairando sobre o limbo duma tempestade violenta,
em nuvens de poeira e exercícios de alquimia.
Vertiginosas são as cores, os desígnios das estrelas,
a sua perene vitalidade, em todos os céus do céu,
em todos os lugares onde tem lugar a terra-mundo,
como lâminas de aço cortando os meus devaneios,
a minha absurda ingenuidade, o muro dos murmúrios
que
desce em rampa até ao fundo da minha mágoa.
5 comentários:
Faz tanto tempo!...
Tenho saudades das visitas frequentes aos blogues dos amigos, ara me encantar com estas maravilhas!
Será... que vou voltar a fazê-lo como tanto desejo?!..
Oxalá! Abraço.
Bom dia genial Poeta,
Belíssimo poema.
O tempo a escorrer nas folhas, vertiginoso!
Beijinhos,
Ailime
Magnifico poema, vertiginoso como o fluir da vida.
Beijinhos
Maria
Oi poeta
Eu queria que a vida fluísse vagarosamente e que os ventos bons trouxessem poesias suas para me fazer feliz
Beijos no coração
Lua Singular
Beijos
Lua Singular
Lindíssimo!! Vertiginosa é a sua poesia que nos encanta.
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