Com o tempo
um delírio impoluto cresce em
nossos olhos.
Aprendemos a distinguir
um sorriso, o riso austero, o
choro da criança
o sal que dá rigor às nossas vidas
ou rói o vigor dos ossos
e que nos trazem ainda vertical
como sãos os exercícios
primaveris de palavras
nunca ditas
como que amarelecemos o tempo.