Tenho sido sempre um perdedor
das coisas simples
no espaço aritmético do coração
aberto ao mar.
O meu sangue é um rio
deslumbrado das escarpas
que me apertam os ossos ébrios
das montanhas
dos altos cumes onde habita a
águia
donde se vê de mais perto as estrelas
trémulas da alegria.
Sou um perdedor das coisas
fáceis, das águas breves
que se amontoam em crepúsculos
do passado
e na sucessão vertiginosa de
restituídas seivas
inscritos na lápide dos
pensamentos nítidos.
Transmito-me pelos limites da
maré e dos céus
que se aprisionam da flauta dos
meus olhos
no violoncelo na harpa
encandeada
dos dias por onde passo e me
consumo.
2 comentários:
Oi Vieira,
Simplesmente lindo..............................
Beijos no coração
Dorli Ramos
Que as coisas simples nos sejam mar de deslumbre.
Bjs
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