ESTE É O PRIMEIRO DOS QUATRO POEMAS
QUE DEDICAMOS AO NATAL DE 2014
Uma
ideia persiste no coração do mundo:
a
imagem pura, a água limpa duma fonte
uma
palavra chã, em seu natural anseio.
Por
ela meditaremos em antiquíssimos relatos,
a
viuvez dum musgo na fraga da montanha
ou
o desterro para uma flor esfarrapada
tolhida
em absurdos espectáculos de agonia.
E
façamos do murmúrio um chão sadio
que
floresça a urze do chão remoto,
o
ofício da luz abrindo devagar a terra,
para
os frutos indomáveis da alegria.
Os
nossos dias também têm um sentido lato
superior
às minguas às figuras de excesso
mais
profundo que o mecanismo duma roda.
Por
isso celebremos sempre a ideia de Natal,
para
que seja um exercício repetido de louvor