Uma ideia persiste no coração do mundo:
a imagem pura a água limpa duma fonte
uma palavra chã em seu natural anseio.
Por ela meditaremos em antiquíssimos relatos
a viuvez dum musgo na frágua da montanha
ou o desterro para uma flor esfarrapada
tolhida em absurdos espectáculos de agonia.
E façamos do murmúrio um chão sadio
que floresça a urze do chão remoto
o ofício da luz abrindo devagar a terra
para os frutos indomáveis da alegria.
Os nossos dias também têm um sentido lato
superior às mínguas às figuras de excesso
mais profundo que o mecanismo duma roda.
Por isso celebremos a ideia de Natal
para que seja um exercício repetido de louvor
à grandeza anónima irrepetível duma vida.
O vídeo respectivo AQUI
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