Sob a influência de variadas energias e vapores,
a cobra enrosca-se na árvore do fogo.
É um exercício adoçado pela música das nuvens
grandes espasmos de alegria sobre a terra.
Por ali passa a ebulição dos fluidos
actor de mil anos de efervescência
bailarino das areias consumado mestre
das intuições aprendidas desde a fonte.
Vão sobrar as cinzas e as memórias
duma constelação de viagens ao sol
também o frio imparável dum estio vindouro.
Mas esse é o destino das cores que empalidecem
quando nasce o dia e vem o vento violento
a varrer o chão, a habitação do barro e das pedras.
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